Recursos como wordle, podcast, picasa, etc. são instrumentos de grande utilidade na acção didáctica e pedagógica. O blogue é uma ferramenta muito funcional como espaço de divulgação, diálogo e partilha do trabalho efectuado com formandos e alunos. As potencialidades do Picasa – a colagem, o filme, o som – são muito interessantes para a didáctica. O Podcast é uma excelente ferramenta, entre outras coisas, para o ensino da Língua e Literatura Portuguesa, nomeadamente para o texto poético.
Por outro lado, são assinaláveis as potencialidades do hipertexto e da sua rede de referências cruzadas, pela rapidez, pelo dinamismo e pela interactividade que proporciona.
A crescente utilização das novas tecnologias em contextos de ensino/aprendizagem é irreversível e as suas virtualidades são manifestas.
No entanto, dada a profusão de recursos e a sua utilização cada vez mais intensa e por vezes descontextualizada, existe o risco da alienação da figura do professor e do próprio aluno. Não me refiro apenas ao problema das novas identidades geradas no âmbito da cultura e da comunicação virtual. Preocupa-me a excessiva desumanização que o excesso tecnológico pode provocar desmagnetizando a relação professor-aluno.
É já hoje muito difícil por exemplo acompanhar e orientar os rumos que os alunos em geral seguem nas suas pesquisas. Faltam bússolas que delimitem o rigor das pesquisas, portos de abrigo para reflectir e aprofundar.
A minha ideia para a educação passa pois por uma recondução dos agentes – professores e alunos – a mares mais interiores, mais abrigados. Não basta descobrir e saber usar as novas tecnologias. É necessário que o seu uso e as suas funcionalidades assentem em bases educativas mais humanas e menos virtuais. Terá de ser a escola a fazer essa (re)educação, apontando não apenas os recursos mas indicando antes percursos e paragens.
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